Idade média dos cães no momento do diagnóstico de cancro está associada ao tamanho, sexo e raça
A doença oncológica nos cães pode ser mais facilmente tratada quando se encontra num estadio primário. Contudo, nestes animais esta é uma doença que pode estar anos na fase pré-clínica, o que significa que os exames físicos anuais e testes que devem ser feitos no veterinário “são inadequados para a detetar” quando está no início.
O estudo foi publicado na revista Plos One e conclui que cancro é uma “das principais causas de mortes” destes animais, sugerindo que, uma análise de sangue pode ser uma solução para um diagnóstico precoce.
Para o estudo foram analisados 3.452 cães, 2.537 dos quais de raça pura e 915 classificados como de raça mista ou outros. Ficou provado que nenhum destes animais recebe o diagnóstico antes dos cinco anos. De acordo com esta investigação, nos cães de raça pura, o cancro só é detetado aos 8,2 anos, enquanto nos de raça mista nunca antes dos 9,5 anos.
Em relação ao género, a investigação provou que os machos em idades mais jovens, castrados ou não, são diagnosticados mais cedo do que as fêmeas com as mesmas características.
Tendo em conta que os exames físicos e testes não são suficientes para detetar a doença numa fase inicial, a solução apontada pelos investigadores é uma biópsia líquida, método não invasivo que utiliza uma análise ao sangue do animal para verificar a existência de tumores antes de se estes espalharem para qualquer órgão.