Diabetes em cães e gatos: sinais, diagnóstico e tratamento

 Em Animais de estimação, Clínica Geral

A diabetes está a aumentar na sociedade ocidental. E, ao que parece, esta condição, além de atingir humanos, está também a registar um aumento entre gatos e cães domésticos. Neste artigo exploramos as razões, os sinais de alerta e os tratamentos disponíveis.

Numa estimativa revelada por investigadores da Royal Veterinary College (RVC) à estação televisiva BBC, no Reino Unido, um em cada 200 gatos tem diabetes do tipo 2, um aumento considerável, se comparado há três décadas, quando havia um caso de diabetes a cada 900 gatos. Segundo os cientistas, na origem deste aumento estarão factores como o sedentarismo e a alimentação em excesso que, a par dos humanos, também acometem os animais domesticados.

O que é?

A diabetes em cães e gatos é uma condição crónica na qual o organismo do animal não consegue regular adequadamente os níveis de glicose no sangue. Isso ocorre devido à deficiência na produção ou na acção da insulina, a hormona responsável pelo controlo dos níveis de açúcar no sangue.

Como se manifesta?

Os sintomas da diabetes em cães e gatos podem incluir aumento da ingestão de água e da necessidade de urinar, perda de peso, fraqueza, letargia, aumento do apetite e cataratas (em casos avançados).

Como se diagnostica?

O diagnóstico da diabetes em cães e gatos é feito através de exames clínicos, como a medição dos níveis de glicose no sangue, exames de urina, entre outros.

Quais as diferenças entre cães e gatos?

Em geral, a diabetes em cães é mais comum do que em gatos. Além disso, as raças mais predispostas à diabetes em cães incluem o Dachshund, Poodle e o Beagle. Em gatos, a diabetes é mais comum em machos não castrados e obesos.

Quais são os tratamentos?

O tratamento da diabetes em cães e gatos envolve a administração de insulina, uma dieta equilibrada, exercício físico regular, monitorização dos níveis de glicose e a administração de insulina, nos em que, de outra forma – nomeadamente com uma alimentação e exercício físico adequados – não se consegui reverter a condição.

Para cães e gatos com diabetes, a alimentação e o exercício desempenham um papel crucial no controlo da condição. Aqui estão algumas recomendações gerais:

Alimentação:

– Procure orientação de um veterinário para que o aconselhe na questão da alimentação do seu animal. Uma dieta equilibrada e adequada é essencial para o controlo da diabetes em cães e gatos. Recomenda-se alimentar o animal com uma ração de alta qualidade e específica para animais diabéticos, que seja rica em proteínas e fibras, e com baixo teor de hidratos de carbono.

– É importante manter uma rotina de alimentação regular, com horários fixos para as refeições e evitar oferecer petiscos ou alimentos não recomendados pelo veterinário.

– O controlo da quantidade de alimento e a distribuição das refeições ao longo do dia podem ajudar a regular os níveis de glicose no sangue.

Exercício:

– O exercício físico regular é fundamental para manter a saúde e o bem-estar do animal com diabetes. Recomenda-se estimular a prática de actividades físicas moderadas e regulares, adaptadas às necessidades e condições de saúde.

– O exercício pode ajudar a controlar o peso, melhorar a sensibilidade à insulina e contribuir para o controlo da glicemia.

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