Plantas comuns podem proteger gatos contra mosquitos

 Em Animais de estimação, Gatos

A erva-gateira e a actinidiapolygama podem proteger gatos contra os mosquitos, devido a um químico encontrado nas plantas, revela um estudo noticiado pelo Portal Veterinária e pelo jornal The New York Times. Os dados científicos são preliminares e não é, por enquanto, aconselhável o seu uso.

Quer a erva-gateira, quer a actinidiapolygama são conhecidas por causarem reações, como comichões no focinho e corpo, em gatos domésticos. Pode ler mais sobre o tema, aqui.

Neste estudo recente, publicado na Science Advances foi verificado que o composto químico iridoide nepetalactol, encontrado nestas plantas, pode ter um efeito inseticida.

A reação que as plantas provocam nos gatos já era conhecida, mas a função biológica dessa reação e o mecanismo subjacente ainda estava por identificar. Na investigação, liderada por Masao Miyazaki, da Universidade de Iwate, foram realizadas várias experiências usando as plantas e os seus químicos ao longo de 5 anos.

Neste estudo foi verificado que o nepetalactol é o principal componente causador das reações nos gatos, conduzindo a um aumento dos níveis de plasma de β-endorfina, enquanto a inibição farmacológica dos recetores μ-opióides suprimia a resposta clássica de esfregar. É através da fricção que o composto químico é transferido para o gato, repelindo o mosquito Aedes albopictus.

Entrevistada pelo NYTimes, Laura Duvall, investigadora da Universidade de Columbia, refere que se trata de “uma observação muito interessante”, o facto de “um comportamento tão conhecido poderia estar a ter este benefício não apreciado para os gatos”.

Vários estudos já tinham verificado dissuasores de insetos. Contudo, este estudo foi o primeiro a revelar uma ligação direta entre as plantas e os efeitos protetores nos gatos.

Apesar destes dados, e de reconhecerem alguns benefícios medicinais, os investigadores não recomendam o uso das plantas como repelentes naturais. Serão, por isso, necessários mais estudos  para que possam ser verificadas as propriedades destas plantas.

Leia mais sobre o tema no Portal Veterinaria e no NYTimes.

 

 

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