Partilhar a vida com um animal melhorou a saúde mental dos tutores durante o confinamento
Partilhar a casa com um animal de estimação parece ter funcionado como proteção contra o stresse psicológico durante o confinamento, revela um estudo publicado na revista“PLOS ONE”.
A maioria das pessoas que participaram na pesquisa percebeu que os seus animais de companhia foram uma fonte de apoio considerável durante o período de bloqueio (23 de março a 1o de junho de 2020).
O estudo britânico – da University of York e da University of Lincoln – descobriu que ter um animal estava relacionado a manter uma melhor saúde mental e a reduzir a solidão. Cerca de 90 por cento dos 6.000 participantes (residentes no Reino Unido) tinham pelo menos um animal de estimação. A força do vínculo humano-animal não diferiu significativamente entre as espécies, com os animais mais comuns sendo cães e gatos, seguidos por pequenos mamíferos e peixes.
No entanto, 68 por cento dos tutores relataram ter ficado preocupados com os seus animais durante o confinamento, por exemplo, devido a restrições no acesso a cuidados veterinários e ao exercício ou porque não sabiam quem cuidaria dos seus pets caso adoecessem.
A autora principal, Elena Ratschen, do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade de York, explicou à revista ScienceDaily, que os resultados deste estudo também demonstraram ligações potenciais entre a saúde mental das pessoas e os laços emocionais que elas estabelecem com os seus animais.
“Verificamos que a força do vínculo emocional com animais não diferia estatisticamente por espécie animal, o que significa que as pessoas da nossa amostra se sentiam, em média, tão próximas emocionalmente de, por exemplo, de um ratinho quanto se sentiam do seu cão.
O estudo também mostrou que a interação mais popular com animais -que não animais de companhia – era a observação de pássaros. Quase 55 por cento das pessoas entrevistadas relataram observar e alimentar os pássaros no seu jardim.