Parasitas externos: ácaros, flebótomos e mosquitos

 Em Cães

Existem vários tipos de parasitas externos que podem invadir a pele do seu cão ou gato. No último artigo, falámos um pouco sobre pulgas e carraças, os tipos de parasita mais conhecidos. Mas outros exemplos são os ácaros e os flebótomos e mosquitos, que também podem ser causa de incómodo para o seu animal e que, como tal, também deve conhecer.

Parasitas externos: ácaros, flebótomos e mosquitos

 

Ácaros

Características gerais dos ácaros: São os responsáveis por vários tipos de sarna, doença altamente contagiosa:

  • Sarna demodécica (Demodex) – aparece em cães jovens e é secundária a outra patologia.
  • Sarna sarcóptica (Sarcoptes) – a mais grave de todas, por ser muito contagiosa para o Homem e provocar prurido e lesões na pele. No Homem é conhecida por escabiose.
  • Sarna notoédrica (Notoedres) – características lesões na zona da cabeça e ouvidos.
  • Sarna otodécica – tem maior incidência em animais jovens e aparece nos pavilhões auriculares.

Quem atacam? Cães, gatos e Homem.

Quais são os sinais clínicos mais frequentes? Prurido severo, inflamação da pele, dermatite, alopécia, e também descamação e espessamento da pele.

Como posso prevenir o surgimento de ácaros? Uma correta higiene dos animais ou evitar o contacto com animais infestados é a única prevenção possível.

Flebótomos e Mosquitos

Características gerais: Os flebótomos e mosquitos causam a leishmaniose, endémica em muitos países, entre os quais Portugal. O parasita usa como vetor (agente transportador) um flebótomo (parecido com um mosquito) para chegar ao seu hospedeiro definitivo. São as fêmeas dos flebótomos que transmitem a doença, pois são elas que se alimentam do sangue do animal infestado e que a irão passar ao animal saudável que picarem a seguir. Os flebótomos alimentam-se, por norma, ao amanhecer e ao anoitecer e o seu período de vida vai da primavera ao outono. Infelizmente, não existe cura e o tratamento é prolongado e dispendioso, mas normalmente consegue atingir-se um equilíbrio que permite o controlo da doença.

Quem atacam? Cães e Homem.

Quais são os sinais clínicos mais frequentes? Atrofia muscular, diarreia, perda de peso, descamação (zona dos olhos, extremidades das orelhas e cotovelos), epistáxis (corrimento de sangue pelas narinas), alopécia, febre, crescimento exagerado das unhas, dor articular.

Como posso prevenir o surgimento de flebótomos? A prevenção da doença passa pela aplicação de um spot on mensalmente, ou coleira Scalibor®, evitando que o cão fique ao ar livre nas horas de maior atividade do flebótomo. Há, atualmente, uma vacina contra a Leishmaniose que reduz em cerca de quatro vezes a possibilidade de vir a ter a doença.

Se notar sintomas que indiquem que o seu animal pode estar infestado com parasitas externos ou se precisar de mais informação sobre o tema, não hesite em contactar o Hospital Veterinário, através do nosso número de telefone,+351 21 3972 997, ou do nosso e-mail, geral@veterinario.pt. Estamos aqui para o ajudar!

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