O seu animal tem ansiedade? Saiba como lidar com a situação
Tal como acontece com os humanos, cães e gatos partilham a fonte mais comum dos problemas: o stress. A diferença está, claro, nas causas que o provocam. Nos gatos, as mudanças no seu território: por exemplo, a remodelação da sala lá de casa pode dar origem a um comportamento diferente do nosso amigo de quatro patas. Lamber o pêlo de um modo excessivo, que possa até mesmo causar feridas, usar o arranhador mais que o normal ou o aparecimento de peladas ou eczema são alguns dos sinais. As mudanças no comportamento de um gato stressado também podem afetar o uso inadequado da sua caixa de areia. Fazer xixi ou cocó fora da caixa, mesmo que a areia esteja limpa e longe da comida, é uma maneira de chamar a atenção e expressar o seu stress.
Embora possamos pensar que levam uma vida tranquila e sem desassossegos, porque dormitam tranquilamente no sofá um dia inteiro, estes felinos felpudos stressam-se com muita facilidade. O problema é que tendem a esconder as suas fragilidades, inclusive quando estão alterados ou nervosos, por isso é mais difícil detectar os seus problemas psicológicos.
Além disso, o ciúme é outra das causas comuns de alterações do comportamento felino, que pode manifestar-se em ataques a um ou a mais membros da família.
E o acontece com os cães? O que os perturba? Os cães são animais sociais e gregários que precisam da companhia do seu grupo para ter uma mente saudável. As causas que lhes provocam problemas psicológicos são experiências traumáticas (negligência ou abuso). Outras causas são a humanização, o excesso de proteção ou o isolamento. Tudo isto pode causar distúrbios comportamentais, como agressividade, ladrar compulsivo, automutilação, nervosismo e movimentos repetitivos, como perseguir a cauda ou girar sobre si mesmo.
O tratamento do comportamento compulsivo do cão ou do gato passa por detectar a causa que o desencadeia, tentar reduzir o stresse, evitar os castigos, fomentar a atividade física e, em algumas situações, e caso o veterinário o entenda como necessário, o tratamento farmacológico.
Algumas soluções:
-Aromas para tranquilizar. O uso de feromonas olfativas sintéticas, em spray ou difusor, diminuem o nível de stress de gatos e cães.
– Outro companheiro para evitar o tédio. Se os donos têm possibilidade e estão dispostos a passar por um período de adaptação quando um outro animal chega a casa, esta poderá ser uma solução adequada para o seu cão ou gato.
– Paciência com o ciúme felino. Se o problema é o ciúme, apenas tem que ser paciente, porque os comportamentos são geralmente transitórios e desaparecem com o tempo.
– Exercício físico: tanto nos cães como nos gatos, a promoção de exercício físico ajuda a resolver muitos dos casos de tédio e sedentarismo. Brinque com eles, dentro e, no caso dos cães, fora de casa, fazendo passeios mais regulares e mais longos e incentivando à corrida nos espaços adequados.
Quem melhor detecta os problemas psicológicos dos cães e gatos são mesmo os seus donos. Por isso convém valorizar as mudanças comportamentais e procurar aconselhamento veterinário para tomar medidas que levem à resolução de situações que afectam a qualidade de vida e a felicidade dos seus amigos de quatro patas.