O papel dos tutores no acompanhamento das próteses biónicas

Publicado Outubro 12, 2022

Existe uma crescente recetividade e procura por procedimentos mais diferenciados, como aquelas que incluem próteses. A maior sensibilidade do cliente padrão para com o “bem-estar” do animal, tem levado a que este tipo de cirurgias seja cada vez mais regular. Admito que, num futuro próximo, alguns planos de saúde animal venham ainda a facilitar mais estas cirurgias e a procura siga em crescente.

Henrique Armés, DVM MSc MBA PhD

O custo associado destes dispositivos é necessariamente alto, comparando com as restantes cirurgias ortopédicas. Torna-se muito difícil estabelecer um custo padrão, porque são muitas as variáveis.

Mais do que a componente técnica da cirurgia, naturalmente com um valor elevado, o implante e o biomaterial de que é composto, a marca e o grau de customização são alguns dos fatores que podem fazer variar muito o valor final da prótese, os tratamentos de superfície, cada vez mais especializados, podem acrescer gastos ao processo de desenvolvimento.

É minha perceção, que os tutores disponíveis para estes procedimentos são, de uma forma geral esclarecidos, muito envolvidos com o animal e por isso facilmente colaborantes na preparação do paciente e no apoio à sua recuperação.

Após a cirurgia e consequente recobro, estes animais podem, em geral, fazer uma vida normal. Contudo, é fundamental que os tutores mantenham o compromisso de acompanhamento e monitorização do paciente no ambiente familiar e nas visitas médicas de rotina que lhe são exigidas, permitindo que se possa agir atempadamente, caso se observe algum sinal de alerta.

No caso das próteses biónicas, o empenhamento dos tutores é crucial, sendo convocados a uma “praxis” de supervisão e assepsia do componente de ligação do endo-implante e à vigilância da prótese externa, que carece de revisões e substituição, face ao desgaste.

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